a viagem à Grécia [dia 11]


O bom de estarmos num lugar com alguém de lá, um local, é que eventualmente conhecemos coisas que nunca conheceríamos sozinhos: uma história que não vem nos guias, uma comida tradicional, uma praia secreta, uma zona de cidade menos óbvia. Na última noite em Folegandros, mesmo antes de nos retiramos para casa, o nosso amigo grego revelou-nos a parte escondida de Folegandros: o kastro, a zona medieval murada onde, antigamente, os habitantes se protegiam dos piratas. Foi uma estupidez nunca termos seguido por aquela entrada estreita, tantas foram as vezes que passámos por ela. Lamentei não ter a luz do dia para observar e fotografar devidamente cada uma daquelas casas encavalitadas nas ruas estreitas, as varandas de madeira a espreitar entre as buganvílias, as passagens em arco que quase nos obrigavam a baixar a cabeça. Já devia saber que, em viagem, a curiosidade nunca matará o gato.

Foi com esta lição na cabeça que há pouco, na Hora de Amorgos, decidimos procurar de onde vinha tão boa música. Com a C. a dormir no carrinho, tranquila e agasalhada da brisa que à noite se faz sentir, descemos a rua e sentamo-nos nos degraus das escadas. Ficamos ali uma boa hora. O bar estava cheio, a banda cantava em português, pedimos duas bebidas e… um tchim-tchim a nós. Há acasos muito felizes.

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