Esta é a Maria. A Maria é a minha irmã e a minha primeira e maior amiga.

Conta a Mãe que quando eu peguei na bebé Maria pela primeira vez, ainda não tinha 4 anos, babei literalmente para cima dela. Estava tão embevecida, tão orgulhosa com o papel de mana mais velha que até me emocionei, emocionando também os meus pais e mais quem estava no quarto.

Somos tão diferentes quanto parecidas. No corpo, não temos qualquer semelhança: uma loira, outra é morena; uma é mãe, outra é pai. Mas no coração, na alma e no amor, somos feitas do mesmo.

Com o Pai, aprendemos a comunicar através do silêncio, a dizer muito numa só frase, a falar com o olhar. Por isso, se há alguém que me conhece verdadeiramente, se há alguém que me sabe os gestos, que me sabe avaliar os humores por um movimento meu ou um jeito de olhar, esse alguém é ela, a minha irmã. É ela que, nos dias piores, me pega na mão, sem eu dar conta, e comigo atravessa a tempestade, calmamente. Se calhar, nisso, a Maria veio substituir o Pai. E eu acho que foi ele que a ensinou a ser assim.

Nunca será demais dizer à minha irmã Maria, a primeira e a melhor maior amiga da minha vida, o quanto eu a amo e admiro. O quão orgulhosa estou da sua barriga de mãe, perfeita, linda. Ou como estou ansiosa por conhecer a sua bebé Teresinha, segurá-la nos meus braços, tão pequenina, e com ela estrear um novo papel na minha vida: ser tia.