[a viagem à Costa Rica] dia 14


Segunda-feira deixamos a praia. Abraçamos as pessoas do Otro Lado numa despedida emotiva e com promessas de um reencontro um dia, talvez, em qualquer um dos nossos países. Fosse o mundo mais pequeno e voltaríamos aqui com certeza. É a conjugação perfeita: confortável, lindo, simpático, pequeno, familiar e sofisticado qb. Depois, um pequeno-almoço maravilhoso e um menu de pastas, saladas e sanduíches italianas tão deliciosas que acabamos por almoçar lá quase todos os dias.

Quanto a Santa Teresa, bom, acho que já falei aqui um pouco de tudo… ou talvez não tenha explorado muito a comida, um tema que é, de resto, muito central nas viagens; é importante comer bem e bonito. A comida típica da Costa Rica [ou que eles vendem como sendo típica] são os casados: um prato cheio de feijão, arroz, salada, banana frita e um pedaço de carne, geralmente frango. Até chegarmos a Santa Teresa comi casados duas vezes: num restaurante ao pé do vulcão que tinha o melhor guacamole de sempre e num restaurante de beira de estrada muito humilde e que foi, na prática, comer em casa de uma família. Não fiquei apaixonada. É uma comida um bocado pesada e intensa, mas não me arrependo de experimentar.

Já em Santa Teresa a história foi outra. Melhor, mas menos local, é certo. Tivemos a melhor experiência de sushi num restaurante de terra batida; diz que o Koji é um dos 5 melhores restaurantes de sushi do mundo. Comemos boas pizzas numa padaria-pastelaria-bistro de dois rapazes belgas, logo no dia em que chegamos; era noite de all you can eat e estava um ambiente muito animado. Demos uma hipótese ao israelita e ao mexicano, mas não valeram grandemente a pena. Em contrapartida, ir jantar ao espanhol que ficava no topo subida, em frente à praia, foi uma bela decisão; a comida era ótima e conhecemos um casal com uma miúda da idade da Constança cujo contacto iremos, certamente, manter.

E é destes elementos [pessoas, comida, lugares] aparentemente singelos que se faz uma viagem. Digo aparentemente porque nem sempre é fácil consegui-los e dá um certo trabalho. Exige um espírito aberto, ser curioso, destemido e uma certa sorte também. Mas vale muito a pena. São as pessoas que cruzam o nosso caminho, a comida que nós atrevemos a provar e os lugares que temos ânsias de conhecer que, no fim, nos darão as melhores recordações.


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