ter um blog também é bom por isto: dar e receber


É muito recompensador ver [ler] que há gente desse lado do ecrã que se identifica e relaciona com aquilo que eu partilho sobre mim, os meus e a minha vida. É óbvio que não conto tudo. Não conto timtim por timtim o que faço com os dias e procuro não vir para aqui chorar nem me queixar demasiado; é como na fotografia, às vezes escolho os melhores ângulos. Mas o que conto é muito pouco planeado, é verdadeiro, é sentido em tempo real. E deve ser por isso que toca nas pessoas.

Escreveram-me muito quando partilhei a história da Grace [que começou como Ma Petite Princesse]. Voltaram-me a escrever estes dias e daí este meu post hoje. A decisão de largar um emprego certo por um projeto completamente incerto acontece quando chega aquele dia em que vemos “a luz” e tudo passa a fazer sentido. Comigo, aconteceu depois de uma sessão de shiatsu. Quando isso acontece, as questões que temos dentro de nós encontram naturalmente a sua resposta. Dá-se um clique, a clarividência.

Para quem ainda não sabe muito bem qual o caminho, o meu conselho é simples: procure-o. Pesquise, inscreva-se num curso ou workshop, experimente coisas novas, manualidades, fotografia ou outra coisa qualquer, faça uma viagem sozinha, corrida, meditação ou yoga, algo que a ajude a despertar os sentidos e a parte criativa adormecida em si. A ideia há-de vir ao de cima. A quem já tem consciência do que quer, mas não sabe muito bem por onde começar, eu digo: faça um plano. Estruture as ideias, ponha os prós e os contras no papel, defina uma meta, procure informação e arregace as mangas. Trabalhe. Trabalhe muito. E não há que ter medo. Vai tudo correr bem. A vida resolve-se sozinha. Bom 2016.

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