divagações ao volante


É curioso como a vida nos vai levando e trazendo pessoas, ao longo do seu percurso. Se alguém, ingénuo, pensa que nunca poderá perder quem mais ama, engana-se, porque vai: é duro, mas a verdade é que todos nos vamos perdendo uns aos outros, eventualmente. Mas também se pensa, pelo contrário, que o número de elementos que fazem parte da sua vida não vai aumentar muito além da família, dos filhos, dos sobrinhos, etc., está igualmente equivocado: nesta roda que é a vida, há sempre alguém a entrar. As famílias crescem, os colegas do trabalho permanecem, os vizinhos passam a ser mais do que meros vizinhos… e depois há as amizades.

Ao longo da minha vida, eu já perdi amigos sem saber bem porquê. Aqueles que julgava para sempre afinal não ficaram. [desiludida] Entretanto felizmente ganhei outros, que compensam. Amigos dos bons, dos que nos fazem bem, trazendo algo de novo, de inesperado e por isso de ganho. [grata] Acontece uma troca e uma renovação. A dita lufada de ar fresco que, também nas amizades, é necessária. [inspirada]

São duas da manhã e cheguei agora a casa. Ainda bem que venci a preguiça, me meti no carro e fiz estes 35 quilómetros ao contrário, ao encontro das três. A vida é feita de ciclos e hoje é bem possível que tenha começado (mais) um.


5 comentários a “divagações ao volante”

  1. Estas palavras podiam ser minhas 🙂 às vezes é preciso fazer esforços para ter e manter os amigos. E esses esforços no fim sabem tão bem.. 🙂

  2. Ana, és um sol inspirador!
    Gosto taaaaaaaaanto de ti!

    Obrigada por teres feito esses 35 kms até ao nosso encontro.
    Sou-te grata.

    Um beijinho muito grande. *

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