a viagem à Grécia [dia 7]


Vamos a factos:

1. Os gregos gostam muito, diria até que adoram [um verbo que eu não uso com frequência – já o pai dizia “nem adorar nem odiar” – mas que aqui se aplica na perfeição] bebés. Tanto os adultos como as crianças. Atiram-se à Constança, dão-lhe beijos, falam-lhe na língua deles [falam muito], perguntam coisas que não entendemos [repetidamente] e riem. Umas vezes, ela devolve a graça; outras, fica séria. E nós? Ficamos ali um bom bocado a sorrir, com um ar meio pateta, tentando retribuir tanta simpatia.

2. A julgar pelas italianas, as belas e esbeltas italianas que também resolveram vir para esta ilha, o que está a dar é não combinar a parte de cima com a parte de baixo do bikini. Isso mesmo: bikinis descasados. Quer isto dizer que eu, que trouxe os melhores outfits de banho, estou totalmente out, demodé. E gorda, claro. Grrr.

3. Uma das melhores coisas da Grécia é a comida. No ano passado, na viagem a Cuba, dávamos por nós a sonhar com uma salada fresca, queijo feta, azeitonas das boas, o tomate mais saboroso e iogurte grego com frutas. Não, não eram desejos de grávida [viajei logo que me foi permitido, às 12 semanas]; em Cuba come-se muito mal. Daí que decidimos repetir a Grécia. Por todas essas coisas boas de comer.

4. Tínhamos acabado de pôr o pé na areia [em Milos] quando ouvi falar português. Virei-me e choquei de frente com um casal bonacheirão que viera parar àquela praia claramente por engano. Não estavam a perceber a dinâmica dos sexos e… perguntaram-me. Não nos cruzamos mais com português algum.

5. Mas às vezes nem parece que estamos na Grécia porque a língua mais falada por estas paragens é, sem dúvida, o italiano. Isto está cheio deles [e mais deles do que delas].

6. Tenho para mim [tendo em conta também outras viagens que fiz] que são os franceses quem mais viaja com os filhos. Em Atenas, em Milos e agora aqui, vemos muitas famílias de franceses com dois, três e quatro crianças, pela mão, no carrinho ou numa mochila tipo kanguru, hiper descontraídos e com aquele ar de que fazem isto desde sempre. Gosto.

7. Arrependo-me mil vezes de não ter trazido o kanguru. Achávamos que ia estar calor a mais, portanto o melhor seria um sling que, na véspera, tentamos comprar, mas sem sucesso [ já agora: um sling para altos procura-se]. De maneiras que aquelas praias lindas cujo o acesso só é possível a pé… não dá. Temos pena, mas carregar a C. ao colo um quilómetro é uma impossibilidade.

Estamos a gostar muito disto. Amanhã conto mais.


Um comentário a “a viagem à Grécia [dia 7]”

  1. acabei de chegar de férias, e ler este post deu-me ainda mais vontade de voltar!! 🙂 por terras onde andei… as italianas é mais sem a parte de cima! 🙂 beijinhos!

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