[a viagem à Costa Rica] dia 2


Contrario a ideia de que a impressão inicial é a que conta. Para mim, não podemos avaliar um lugar ou uma cidade [ou uma pessoa] assim, à primeira vista. Às vezes há que lhe dar uma segunda ou terceira hipótese até, esperando que nos surpreenda. Portanto quando nos avisaram que San José não tinha nada de especial para ver, ainda assim, demos-lhe o benefício da dúvida e reservamos-lhe algum tempo: um dia.

O centro de San José, com a sua comida de rua, lojas fluorescentes e cafés destinados a atrair turistas, podia ser qualquer outro lado da América Latina. Não é particularmente bonito ou sedutor, bem antes pelo contrário. Depois, sendo Semana Santa, ainda fica mais descaracterizado. Está tudo fechado. Os Ticos [nome que dão aos “costariquenhos”], católicos fervorosos, pegaram nas trouxas e foram-se. E nós batemos com o nariz na porta.

Mas, como eu digo, não se pode desistir de um lugar à primeira. Até pensamos alterar os planos e ir embora mais cedo, mas não, mantivemo-nos na rua e ainda bem. De outra forma nunca teríamos esbarrado com este sítio onde me encontro agora e que fez este dia valer a pena. Depois mostro. Agora, a Constança dorme no carrinho, o Bernardo tenta ver o seu Benfica no tablet e eu ponho a net em dia. Deixemo-nos estar. Afinal, qual é pressa?


2 comentários a “[a viagem à Costa Rica] dia 2”

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *