Quem acompanhou esta viagem e a que fizemos no verão passado à Grécia sabe que nós viajamos de mochila, e não de mala. Para o nosso estilo de férias – que implica alguma mobilidade porque não estamos fixos num sítio, andamos de um lado para o outro de carro, barco ou autocarro – é mais prático, cada um leva a sua e agora até ficamos com as mãos livres para a Constança. A desvantagem é que o peso carrega-se nos ombros, a roupa fica um bocado amarrotada e o espaço é mais limitado, mas tudo bem.
Aprendi a fazer uma mochila como deve ser com a minha amiga Maria João, na nossa primeira viagem juntas a Marrocos, há uns anos atrás. Percebi porque é que a roupa não se arruma por camadas mas sim ao alto, em andares; é a forma mais fácil de aceder ao que está no fundo. Fiquei a saber que numa mochila cabe mais do que parece. No ano seguinte vi-a encaixar, na mesma mochila, roupa para si e para o filho de [na altura] 5 anos e garanto-vos que andaram sempre bem vestidos. É claro que é preciso selecionar, mas meter roupa e outras coisas para 3 semanas numa mochila não é, de todo, impossível.
Nós temos duas mochilas das grandes, embora uma seja ligeiramente mais pequena que a outra. A grande vantagem é viajamos sempre para o calor, logo a roupa é mais leve, menos volumosa e em caso de ser necessário até se lava com facilidade. No ano passado, a Constança sujava pouca roupa e não usava sapatos. Este ano sujou-se mais, já usa calçado mas, em contrapartida, não é preciso levar tanta comida [só comprei meia dúzia de boiões, por segurança] portanto o espaço ia [tinha que] chegar.
Na mochila maior, vai a minha roupa e a da Constança. Em cima, o estojo de higiene dela, na bolsa do fundo, a comida. Sendo esta a mochila mais pesada é geralmente o Bernardo que a carrega. Na segunda mochila, vai a roupa dele, o nosso estojo e, no fundo, os sapatos. Costumo colocar a roupa interior toda junta num saco de pano de lavandaria, assim não se perde e fica sempre limpinha. Depois, dispersas pelas bolsas das duas mochilas vão coisas mais pequenas, tais como livros, fatos de banho ou chapéus.
Como estojo de higiene da Constança uso um malote da Prénatal. É bastante antigo, mas é grande, é o ideal. Dentro, coloquei: creme para o corpo, creme para a cara, gel de banho, creme para o rabinho, água de limpeza, gaze normal, gaze esterilizada, cotonetes, toalhetes, creme protetor, repelente, medicamentos, a água de colónia dela, escova e pasta dos dentes, pente, tesoura, 1 chupeta, 1 biberão e fraldas para a primeira semana [depois compra-se mais, à medida que é preciso]. Vai a abarrotar, mas está tudo lá.
Depois, numa terceira mochila, mais pequena e prática, que levamos connosco no avião e todos os dias durante as férias, temos babetes, 1 biberão [há leite a bordo], o escovilhão, mais chupetas, alguma comida, o kit de talheres de viagem, uns quantos livros e brinquedos, fraldas e toalhetes suficientes para o dia, 1 agasalho, 1 muda de roupa e as nossas leituras, documentos, máquina fotográfica, etc. A experiência de voar com uma bebé pode levantar muitas dúvidas por isso será tema para um post específico.