destes dias


263025Escrevo quando devia estar a dormir. Finalmente a Camila acalmou e pegou no sono. Tem 24 dias, está a crescer bem, é calma, mas anda com cólicas e temos sofrido um bocado. Estou a adorar esta fase de recém-nascida e como já sei que passa mesmo rápido, tento aproveitar da melhor forma os nossos momentos. É verdade que não estou sempre em casa com ela [ou sempre com ela nos braços] mas, para mim, é mais importante ter tempo de qualidade. Tempo para falar-lhe, cantar-lhe, sossegar-lhe o choro. Para a observar, apreciar, embalar. E com toda a paciência e disponibilidade que me é possível, dou o meu melhor.

 

Porque, apesar da Camila, o presente não pára: há a marca, o blog, a casa, as andanças do dia-a-dia, eu [pouco, muito pouco], nós e a Constança. A Camila nasceu e de repente a Constança parece-me maior. A proporção agora é outra. Pego nela ao colo e sinto-a mais alta, mais pesada, mais crescida, cada vez menos bebé. Tem reagido com altos e baixos. Um dia está birrenta, exaltada e impossível; no outro está dócil, calma, como sempre foi. Já percebi que, para sossegar, precisa de estar sozinha comigo e connosco mais vezes, sem amigos ou outros membros da família por perto. Agora levei-a para a cama dela. Não há noite que não peça para dormir “da cama da mamã” e eu tenho consentido. Percebo que é importante para ela adormecer no nosso quarto, talvez seja uma forma de se sentir mais perto. Depois, os pesadelos. Volta e meia, um berro a dormir. Às vezes vou lá, outras só levanto a cabeça da almofada e espero. Não raramente tenho de a trazer de volta para a nossa cama. Ainda não deixou as fraldas. É cansativo.

 

Já se passaram 8 meses. Primeiro sozinha com ela, agora com as duas. Perguntam-me muitas vezes como é que me estou a safar. Estou. Até nem tem sido tão mau assim. Não é fácil [não há dias fáceis, há dias menos difíceis] mas é possível, mentiria se dissesse o contrário. Ao 8º dia de vida da Camila, o Bernardo regressou à Suíça e eu retomei a vida fora de casa e o trabalho no atelier. Tenho apoio doméstico de manhã, contratei a prima-babysitter para me ajudar com os fins-de-tarde e os avós participam bastante. Vou-me organizando. Mas sei que isto só é possível também porque se trata de um segundo filho. No primeiro é tanta a informação para assimilar que não há espaço para mais nada porém, no segundo, as coisas mudam. Não é melhor, não é pior, é diferente. Tão diferente.

 

[fotografia por Alexandra Carvalho, cá em casa, quando a Camila tinha 1 semana e 2 dias]

o print bonito com os nomes das minhas filhas é da Violeta Cor de Rosa


2 comentários a “destes dias”

  1. Olá Ana, 😉 só te quero dizer: BOA!! Estás a conseguir! Vês como és capaz!!??Essa é a tua força de Guerreira! Que vem do teu interior.
    E todos os desafios são superáveis, ás vezes assustam, pelo desconhecido…mas depois…na hora H conseguimos sempre. E querendo, não há nada impossível. Beijinhos para ti Grande Princesa!

  2. Querida Ana, gostaria de lhe fazer uma pergunta: de onde é o edredon do berço da Camila? Também tenho um assim pequenino e está a ser dificil encontrar um com dimensões tão pequeninas. Se me puder ajudar, agradecia. Já agora, se me enviar a lista dos essenciais, a que falou no post anterior, também agradecia 🙂
    Muitos beijinhos para todas!

    [email protected]

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