Está calor em Cartagena das Índias. Esta tarde saímos para passear re rapidamente voltámos para o fresco do hotel. A roupa colava-se ao corpo e soprava um vento tão quente que tornava o ar quase irrespirável. As miúdas não aguentaram. Calor, fome e sono são a pior combinação possível e nem vale a pena puxar a corda porque, já se sabe, acaba mal: elas a chorar para um lado e nós a gritar para o outro, cansados, frustrados e nervosos.
Pelo que já vimos, Cartagena é linda. O centro histórico, para ser mais precisa. Estamos hospedados dentro das muralhas num boutique hotel cujo tom não combina com o site nem com as imagens que o representam na net. É muito mais encantador e ao mesmo tempo acessível do que parece. É uma casa colonial enorme com apenas 8 quartos e não parece estar cheio. O staff é incrivelmente educado e disponível, empenhado em assegurar as necessidades das únicas duas crianças hospedadas e até a questão da falta de água [desde ontem que a água das torneiras vai e vem] resolveram de forma simpática e inteligente. Apetece mesmo estar aqui.
Elas agora dormem e eu escrevo deitada numa das chaises longues que o hall de pé direito alto e paredes de mármore tem. A música da recepção [está a tocar Air] confunde-se com o som do piano que vem do outro lado da rua. Alguém está a dançar ballet. Que maravilha.