Foi exactamente assim que ela me disse: eu ia ficar doente. Seria uma gripe ou algo parecido, nada grave, mas o meu corpo encarregar-se-ia de me chamar à atenção. Então aconteceu. Começou com uma infeção num dente, na noite da passagem de ano. Depois, dores musculares e uma constipação valente que me fez ficar três dias por casa. Ontem estava mal, hoje melhorei e, ao fim da tarde, voltei lá, à Bárbara e ao meu shiatsu.
Uma hora e meia depois, compreendi que algumas evidências só nos são apresentadas quando estamos preparados para as ver. Era bem melhor que eu pudesse passar a parte das noites [muito] mal dormidas à frente, mas também fiquei a saber, por minha própria experiência, que não adianta contrariar o sofrimento por antecipação porque, muito provavelmente, não o vai impedir de acontecer. Talvez até seja necessário, faça parte do processo, seja mesmo assim. Para depois, numa sexta-feira qualquer, esta, se dar o fenómeno da elucidação. De repente, ficou tudo claro como água.
2014, 10 dias depois. Tenho um plano. Fixei uma data. Decidi uma viagem. Falta muito menos do que eu poderia imaginar.
Um comentário a “clarividência [finalmente]”
[…] quando chega aquele dia em que vemos “a luz” e tudo passa a fazer sentido. Comigo, aconteceu depois de uma sessão de shiatsu. Quando isso acontece, as questões que temos dentro de nós encontram naturalmente a sua […]