Ontem a minha sogra dizia-me que admirava o meu sentido prático com a Constança e que ela, noutros tempos, não tinha sido assim. Fiquei a pensar nisso e nas razões que levam uma mãe, numa ou outra circunstância, agir de determinada maneira, parecida ou, pelo contrário, diametralmente oposta à minha. Sei que são várias, e de várias naturezas, e que é uma coisa tão pessoal que nem sempre será discutível. Sim, sou muito prática e destemida no que diz respeito a andar com a minha filha de um lado para o outro. Mas não sou inconsciente, asseguro-vos. Falo com o pediatra. Leio sobre o assunto. Mas, acima de tudo, sigo o meu instinto, é raro deixar-me ficar mal.
No ano passado, a nossa primeira vez, procurei alguma informação sobre viajar com crianças. Li muitos blogs, fóruns, alguns livros e agora, depois de ter feito duas viagens com ela, se há algum primeiro conselho que eu posso dar é:
Não levem tudo. Viajar com crianças pode significar ter de trazer o que parece ser tudo, mas não façam isso. Não cometam o erro de trazer o carrinho, o porta-bebés, o sling, a cadeira de carro, a cama de viagem, a cadeira de comer, muitos brinquedos, etc. Ter que trazer tudo pode ser stressante, muito cansativo e a verdade é que, efetivamente, não precisam de todo esse equipamento. Mas também não levem este conselho ao exagero e não façam como nós que, no ano passado, levamos apenas o carrinho, deixando em casa o porta-bebés. Fez-nos uma falta tremenda. Dado que para nós viajar implica conhecer vários locais ou percorrer caminhos a pé, ter uma forma de carregar a bebé ao colo é, sem dúvida, de uma enorme utilidade.
Para andar de um lado para o outro, o carrinho é o ideal. Este ano, não levamos porta-bebés porque a Constança já não cabe nele, mas experimentamos um sling que compramos à minha amiga Mimi Burnay [vejam os slings lindos que ela faz aqui]. Fiquei adepta. Mas mais importante é o carrinho, que recosta totalmente, perfeito para mudar a fralda ou para ela dormir. O nosso é de uma marca à venda no El Corte Inglés mas qualquer um do tipo bengala é o ideal.
Viajar de carro. A maioria das empresas de aluguer de automóveis têm assentos e cadeiras de bebé disponíveis para alugar. Foi isso que fizemos na Grécia, correu bem e na Costa Rica também. Mas também pode dar-se o caso que o melhor será levar [para a Costa Rica ponderámos faze-lo]. As cadeiras podem ser raras ou o aluguer muito caro, portanto uma boa solução poderá ser usar uma segunda cadeira de carro que tenham, eventualmente, na família, mais leve e prática. É importante investigar sempre online antes de partir.
Soluções para dormir. Neste tipo de viagem, a nossa opção é não levar cama para a Constança dado que grande parte [mas não todos] dos alojamentos têm berços ou camas de bebé que podemos solicitar. Quando não têm, a Constança dorme numa cama improvisada no chão ou dorme connosco. Em férias, as exceções à regra são permitidas.
Sobre a alimentação. Eu nunca usei esterilizador, aquecedor de biberão, termos e outras coisas parecidas para a alimentação da C. em bebé. Nem em casa, nem na rua. O meu pediatra era anti-esterilização e a única coisa que esterilizavamos com regularidade era a chupeta nesta caixinha da bebé confort [é muito prática, recomendo vivamente]. De resto, foi habituada a beber o leite tanto frio como à temperatura ambiente ou morno [já falei sobre isso aqui]. Quando passou a comer papas e sopas, os boiões de comida passaram a ser, para nós, a opção perfeita [mais sobre a alimentação da Constança em viagem neste post].
Para a praia. Além dos essenciais – protetor, chapéu e uma t-shirt extra – um item importantíssimo para nós é a tenda. Emprestaram-nos uma tenda própria para bebés, de um material próprio, com filtro solar e arejamento. No ano passado foi de enorme utilidade, passavamos o dia na praia com ela sem qualquer problema. Este ano, nem tanto. A C. já está mais crescida, dorme menos e as sestas acabaram por ser feitas no hotel ou na praia à sombra das árvores. Mas este verão no alentejo ou nas praias do norte ainda a vamos usar muito, tenho a certeza.
Última dica: este swaddle. Eu nunca usei como swaddle porque quando comprei a Constança já era crescida, comprei com a intenção precisamente de usar em viagem. Na altura, optei por um pack de 2: um uso como toalha de praia, o segundo anda no carrinho e na mochila e é perfeito para mudar fralda ou servir de manta por cima do carrinho. É leve, é grande [recomendo comprarem o tamanho maior] e muito prático. Portanto, mães de recém-nascidos, não arrumem esta espécie de fralda gigante tão cedo que ainda vos vai ser muito útil.
3 comentários a “[viajar com ela] outras dicas sobre o que levar”
[…] [viajar com ela] na alimentação e não só, a regra é descomplicar sobre viajar com crianças [viajar com ela] outras dicas sobre o que levar [viajar com ela] de mochila [viajar com ela] e transmitir-lhe o que amamos de paixão share […]
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obrigada por transmitires para nós, de forma tão genuína, as tuas paixões! 🙂 contagia!