Às vezes tenho medo de não saber bem o que é isto de ser mãe. E de, consequentemente, não vir a ser uma boa mãe.
Quando a minha filha era uma recém-nascida, pensava muito no quão indefesa e dependente ela era de mim. Sabia que tinha de a alimentar, aquecer, confortar. Que era eu quem mais podia ajudar aquele bebé pequenino a adaptar-se à vida e queria muito fazer um bom trabalho. Agora, olho a Constança com quase 7 meses e tenho outras ansiedades, todas elas relacionadas com esta responsabilidade de educar uma criança, de ser mãe, parceira e de cuidar de uma família. Realmente é melhor que seja uma experiência vivida a meias porque é muito, é intenso, é difícil e é bom.
Penso eu que aprender a ser mãe não é coisa que venha nos livros, por muito que falem do assunto e que até possam ajudar. Ser mãe é tão íntimo, tão de dentro e, por isso, tão diferente para cada mulher-mãe. Ser mãe é imenso, complicado de expressar. Por isso quando me perguntaram o que é, para mim, ser mãe lembrei-me da minha avó paterna e disse: para mim, ser mãe é para sempre.
7 comentários a “ser mãe”
ups… 🙂 Ma Petite Princesse também foi uma inspiração 🙂
obrigada, F., por comentários tão pertinentes.
Sandra, concordo contigo: não será por acaso que temos os filhos que temos.
Diana, apanhei-te na blogosfera ;);)
É mesmo! Cada vez mais acho que não é por acaso que temos os filhos que temos, acho que cada mãe tem mesmo a ‘chave’ para tornar o seu bebé uma criança feliz. Quero acreditar que é assim que as nossas decisões são sempre as melhores para os nossos filhos, e se não forem hoje serão amanhã.
Este livro resultou de um programa de rádio que se chamava: “Minha Mãe O Que É”, do qual eu era uma ouvinte militante. O livro é igualmente fascinante. Recomendo:
http://www.almedina.net/catalog/product_info.php?products_id=6417
Sobre João dos Santos:
http://joaodossantos.net/
Como diz um grande, grande especialista na matéria, que estudou e investigou centenas de relações mãe-filho e escreveu muita coisa sobre o assunto (em livros e artigos), e onde muitos especialistas vão beber:
“[…] na verdade, o êxito no cuidado infantil depende da devoção, e não de ‘jeito’ ou esclarecimento intelectual.”
D. W. Winnicott, em “O Brincar e a Realidade”
DEVOÇÃO: algo que exige uma disponibilidade mental de 24h por dia e disponibilidade física naquela medida certa que ‘vamos andando e vamos vendo’ (digo eu).
E em jeito de ‘la palice’, achei isto muito verdadeiro:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=312711015496598&set=a.261202517314115.45287.260760890691611&type=1&theater
Faltando um mês para o meu pequeno nascer tenho as mesmas ansiedades que você, tenho medo de não dar conta, tantas dúvidas, mas ao mesmo tempo uma ansiedade enorme para ver o rostinho, sentir o cheirinho dele no meu colo, quero muito ser definitivamente mãe, não sei se boa ou ruim, mas acima de tudo, mãe! Parabéns pelo seu dia, aqui no Brasil o dia das mães será semana que vem!
Grande abraço!
é isso tudo…