[um post alinhavado ontem ao fim da tarde, na esplanada, com a Constança ao meu lado]
Quando começou a ficar irrequieta, cansada de estar no mesmo sítio e a reclamar constantemente atenção, percebi que era tempo de ir apanhar ar. Então, sem pensar muito nas horas nem no pijama sujo com nódoas de sopa, peguei nela e carreguei o carrinho escadas abaixo.
No momento em que pus o pé fora da porta percebi que também eu precisava de sair um bocado dali. Estes domingos de chuva sabem bem – arrumo a casa, preparo as refeições, tudo com prazer e sem pressa – mas chega a um ponto em que o espaço torna-se pequeno demais para os três e… tenho de arejar. Talvez nisto ela saia a mim.
Então saímos. Uma das grandes vantagens de morar no centro da cidade é precisamente esta: tenho para onde ir a pé. Procuro caminhos diferentes para que ela [e eu] não veja sempre as mesmas ruas. De brinquedo na mão, manta nas pernas, vai muito quieta no seu carrinho, muito observadora, soltando uns suspiros de vez em quando, que é o que ela faz quando está satisfeita.
Com a luz de fim de dia a dar-nos de frente, descemos a rua até à esplanada da Café Livraria Mavy, uma café-bar-galeria instalado no espaço que outrora foi a livraria Cruz e, mais tarde, a Bertrand-Cruz. Eu tomo um café, ela brinca com a colher. Ri-se muito, bate as pernas. Está contente e eu também.
Com a luz de fim de dia a dar-nos de frente, descemos a rua até à esplanada da Café Livraria Mavy, uma café-bar-galeria instalado no espaço que outrora foi a livraria Cruz e, mais tarde, a Bertrand-Cruz. Eu tomo um café, ela brinca com a colher. Ri-se muito, bate as pernas. Está contente e eu também.