parar


Cheguei a casa e encontrei-a vazia. Ninguém. Então tratei do jantar, entretive o estômago com uma sopa e deixei tudo pronto. Descalcei-me, despi-me, pus-me confortável. E antes de ir fazer a mala para o resto da semana ou de me pôr ao computador, antes que os dois amores da minha vida chegassem, eu parei. Acendi a vela que cheira bem, pus o meu disco zen a tocar, sentei-me no tapete do chão da sala e parei. Parei por 15 minutos e mais tempo eu ficava assim, quieta, sonolenta, a exercitar a capacidade de afastar as angústias e os raciocínios viciados, a respirar e a descansar. Ainda são muito poucas as vezes que consigo fazê-lo bem mas acredito quando me dizem que esta poderá ser uma boa forma, se não a melhor, de enfrentar as madrugadas, as noitadas, os dias mais longos e difíceis.

Entretanto as minhas semanas dividem-se a meio: 4 noites em casa, 3 noites fora, muitas horas no alfa. Nunca parar foi tão importante.

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