[a viagem à Costa Rica] dia 5 – parte 1


A ideia de uma paisagem bonita e 2 horas a menos de caminho venceu. Porém não seria um percurso fácil: a estrada era quase sempre de terra e teríamos que atravessar um rio. Faz-se bem, disse-nos o guarda. Se não, voltam para trás! Então fomos. O Bernardo vestiu a pele de Indiana Jones ao volante do jipe-inho alugado e num instante nos embrenhamos na selva verde, tão verde, lavada pela chuva do dia anterior.

Vimos muito. Vimos pássaros de um vermelho vivo, quase fluorescente, guaxins velozes a atravessar o caminho, árvores grandes e árvores pequenas, vegetação diversa, selvagem, apenas interrompida pela estrada estreita que o Homem abriu. Aos solavancos, atravessamos riachos e pontes inacreditáveis mas a maior aventura foi, pois claro, passar para o outro lado do rio. Era baixo, mas tinha muitas pedras e impunha um certo respeito.

Depois, sempre com o lago à nossa direita começamos a subir, a subir até a selva ficar para trás, dando lugar a montes perfeitos, prados salpicados por pequenas povoações, árvores que pareciam arbustos recortados. Zero turistas. Ao longo do caminho, cruzamo-nos com meia dúzia de viaturas, vacas e dois homens a cavalo. De vez em quando, uma casa humilde, pobre até. E eu, menina da cidade de tez branca, só pensava como seria viver assim do campo, tão isolado, mas se calhar muito mais autêntico.


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