Depois vejo os álbuns de fotografias que a mãe fez quando eu era pequenina. O meu nascimento, o batizado, as festas de família, os avós e os tios todos, 1 ano, 2 anos, as primeiras idas à praia, eu e eu e eu, tu e a mãe tão jovens, tinhas uns 25 anos mas já usavas bigode, o bigode que mantiveste durante várias décadas até ao dia em que te passou algo pela cabeça e o tiraste. Não fico tão triste, vejo-te feliz, igualmente orgulhoso na família que estavas a construir, provavelmente nervoso no teu papel de pai pela primeira vez, elegante nos teus fatos cor de caramelo e nos teus jeans escuros.
A mãe anda a fazer arrumações e trouxe-me os meus três álbuns [mais os meus livros todos da Anita]. Não resisti em levá-los para a cama mas se calhar hoje fiz mal. Fazes-me falta. Fazes-me tanta falta.
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Um beijinho enorme Ana. E xi apertado!
Marta
Há dias em que dói tanto.. mas depois acaba por passar um bocadinho. um abraço forte *
como te percebo…