E, de repente, é fim-de-semana outra vez. Esta semana passou a correr. Corrijo: EU passei a semana a correr. Fiz noitadas, levantei-me cedíssimo, acordei-a cedo também, saí de casa quase sempre antes das 9. Com o colégio a fechar por 15 dias e meio mundo a ir de férias, precisei mesmo de rentabilizar o meu dia, não perder um minuto e tratar de tudo aquilo que não posso [ou não dá tanto jeito] fazer com ela nas próximas duas semanas. Valeu a pena. Estou com aquela sensação de agenda organizada e de planeamento controlado, apesar de haver tanto, muito mesmo, para fazer… em setembro.

Por agora, uma pausa. Não vão ser férias a 100% porque vamos para perto [eu preciso de uma certa distância para me sentir, verdadeiramente, em férias] e estarei “à chamada”, com um olho no telemóvel e outro no pc, a acompanhar as encomendas em curso. Sei que vai ser necessário vir a Braga uma ou outra vez, há pendentes inadiáveis, e nesses dias a C. ficará com um dos avós paternos, a matar saudades. Depois há a sobrinha Teresinha, também sem colégio, a minha irmã e a minha mãe que, não estando 100% disponíveis porque trabalham nos respetivos restaurantes, estão sempre por perto.

E assim se vão gerindo estes [quatro] meses de maternidade a solo. Nem sempre é fácil. Saudades. A barriga já existe e a hora do banho, vergada no duche, é das mais complicadas. A C. também está a ficar pesada e pede sempre colo para subir e descer as escadas do prédio, precisamente os momentos em que estou mais carregada, com sacos, compras do supermercado ou a mochila do computador às costas. A empregada está de férias, a casa até está arrumada mas o frigorífico anda vazio e a roupa para passar empilha-se. Tento não stressar e dar, a tudo, a devida importância.

Têm sido dias bons. E os próximos também vão ser, tenciono fazer por isso: aproveitar a casa que temos na vila, o bom tempo, fazer o máximo de praia possível, tomar banhos de água fria, passar algum tempo com os tios e a avó no aldeamento, juntar-me a amigos mais a norte, ficar uma ou outra noite por lá, percorrer aquela costa que gosto tanto [Paçô, Mariana, Afife, Moledo], ir à feira em Cerveira, às empadas a Caminha, aos petiscos a Espanha… Pura e simplesmente estar. Eu, a Constança e a Camila na minha barriga. Sem grandes planos, pressas ou obrigações. Oxalá o céu se mantenha azul e o sol brilhe para nós.