Enquanto a Constança dorme sesta, eu sento-me na sala da lareira a escrever. Ando a escrever sobre o Natal, o nosso Natal, que é passado em partes, entre os vários lados das nossas famílias e com as pessoas mais importantes das nossas vidas. Escrevo, já o fiz no ano passado, essencialmente para não esquecer. Porque o blog também é o nosso livro de memórias, o diário dos nossos dias, onde registo momentos, imagens e emoções.
Estas fotografias foram tiradas ontem de manhã, dia de Natal. Acordámos tarde, tomámos o pequeno-almoço na cama e saímos a pé em direção ao centro da cidade. Já que a Camila não vem, então que aproveitemos bem estes dias, os três em família. 2014 foi um ano tão intenso para nós que esta pausa, além de merecida, era muito desejada.
Gosto do Natal. Gosto das luzes, das ruas enfeitadas, de comer castanhas e de ver as pessoas a passear ao frio. Do ato, reduzindo a coisa ao simples, de querer presentear alguém porque nos é especial, porque gostamos da pessoa, porque lhe somos agradecidos ou só porque sim. Gosto de decorar a casa e de montar a árvore de natal, ainda que o faça sempre tarde e a más horas. Ou não o faça de todo, como este ano. Gosto muito de embrulhar os presentes pela minha mão, um a um, embora termine a tarefa farta e cansada porque o faço quase sempre à última da hora e de enfiada.
Gosto do bacalhau cozido, uma vez ao ano. Dos rituais dos dias que antecedem e sucedem a noite de consoada, porque para mim o Natal é uma temporada e não um dia só. Gosto das decorações da mãe, da mesa posta com pompa, dos detalhes que faz diferente, ano após ano. Gosto, tanto, do jantar de 25, é a parte mais divertida, e de sermos muitos à mesa, cada vez mais. E agora da imagem da nossa família de quase quatro, cá em casa a abrir presentes, ainda de pijama, logo pela manhã.
Gosto mesmo do Natal. Mas retirava-lhe apenas duas coisas: o stress das compras e o tema dinheiro. E neste ano, tal como no ano passado e no anterior, devolvia-lhe outra: o meu pai. Dava tudo, tudo o que tenho e o que desejo vir a ter, trocava todo e qualquer projeto de vida, alterava qualquer plano e fazia todos os sacrifícios maiores, sem pestanejar, se pudesse ter-te de volta. É Natal, pai, é Natal.
[o carrinho da Constança é um Greentom Upp, mais informações aqui * vestido de ganga e sobretudo Knot * gorro Ma Petite Princesse]
Error: No feed found.
Please go to the Instagram Feed settings page to create a feed.