abrandar é preciso


[mega campanha publicitária contra a velocidade rodoviária feita por esta agência australiana, em Junho 2011]

Não era sobre isto que eu tinha planeado escrever hoje, mas aconteceu-me um episódio que me fez parar para pensar.

Ontem na viagem de regresso a casa bati com o carro. Tive uma sorte do caraças. Foi só um grande susto, um pneu furado e o para-lamas partido, mas fez-me pensar. No relativo das coisas. Que o ótimo é inimigo do bom. Que é impossível ir a todas, mesmo que me esforce muito. Que talvez precise de pedir [ainda mais] ajuda. E que às vezes mais vale devagar* do que nunca.

Eu não sei, mas quer-me parecer, que esta frustração é um sentimento generalizado, principalmente nas mulheres que muito são e mais querem ou têm que ser. Pois, mas é tempo de abrandar. De estar mais quieta. De [ter tempo para] apreciar as coisas simples da vida. E de ouvir este senhor:

[no minuto 2:45 e depois no minuto 17:45 o autor fala da experiência dele como pai]

Comprei o livro dele há uns 3 anos atrás, como parte do meu processo de luto da morte do meu pai. Na altura, reservei a sua leitura para a viagem de 3 semanas ao México que iríamos fazer umas semanas depois. Li-o precisamente na semana que passamos na praia, um autêntico paraíso perdido na costa do Pacífico, onde só a tranquilidade tinha lugar. Foi tão inspirador… Quando voltei da viagem, entusiasmada e cheia de intenções de abraçar o movimento slow no meu dia-a-dia, passei-o à minha mãe, que por sua vez o emprestou a outra pessoa. Hoje tratei de o reclamar de volta. Tenho de o voltar a ler. Sei que me vai ajudar a encontrar o ritmo perfeito para a minha vida.


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