dos dias


[sexta-feira, 20h45: o copo meio vazio]

Os dias têm sido cheios. De afazeres e correrias, sono e cansaço, intensos. O primeiro sintoma que se dá em mim é uma dor nas pernas, uma sensação de peso terrível. Sei que tenho de descansar, desejo uns dias para parar, mas agora não.

A casa entrou num modo auto-gestão que é proporcional à quantidade de roupa para lavar [ligo a máquina à noite] e arrumar [gosto de ser eu fazê-lo]. Tudo o que é burocracia está em atraso, provocando em mim uma sensação de vida desgovernada que se mede pela quantidade de faturas e recados que acumulo no porta-moedas. Torço o nariz. Não estou habituada e não gosto disto. Estou morta por pôr tudo em ordem, riscar a lista dos pendentes, despejar o lixo da carteira, ir a eito pela casa fora e arrumar, arrumar. Arrumar alivia-me a cabeça e organiza-me as ideias mas, também para isso, é preciso tempo. De maneira que não, agora não dá, ainda não.

Ontem a C., pela primeira vez, teve febre. Passou dos 38,5º e eu, mesmo sendo uma mãe muito relaxada, não consegui evitar de me preocupar. Diz que deve ser uma virose. É esperar para ver. Para ajudar à festa, anda de nariz entupido. Por isso ou porque se destapa e agora devido à febre, de noite acorda de duas em duas horas. Não têm sido sonos fáceis, portanto.

Estaria eu mais airosa não fosse este derradeiro golpe de misericórdia: a semana inteirinha, das 9 às 19, num curso intensivo que me obrigou a acordar cedíssimo e a puxar bem pelo neurónio. Ai. Dói-me a cabeça. Estou exausta.

[sexta-feira, 23h59: o copo meio cheio]

Os dias têm sido cheios. De afazeres e correrias, excitação e alegria, intensos. O primeiro sintoma que se dá em mim é esta vontade de vir aqui partilhar as novidades, boas, muitas e que me andam a fazer feliz.

Tenho aprendido coisas novas [sabe tão bem voltar a uma sala de aula] e mais quero aprender [com a Sofia na sua academia]. Vivido novas experiências. Conhecido pessoas. Sempre sem eu estar à espera e por isso, não me canso de o dizer aqui, que grata estou.

Há tanto que fazer e que pensar, ainda bem. Dia-a-dia, os desafios do trabalho; noite-a-noite, o meu querido projeto. Para a Ma Petite Princesse, que se desdobra no blog e na marca, tracei um plano e já comecei o caminho. Agora é dedicar-lhe esforço e coração pois, como dizia um dos professores desta semana, o único lugar onde a palavra “sucesso” vem antes de “trabalho” é no dicionário.

Deito-me a pensar que, a partir de hoje, cada vez que os dias me testarem a resistência, eu devolvo-lhes um sorriso. Não deve haver melhor forma de ver as coisas do que esta. Já conseguir fazê-lo, isso… veremos. Vou dar o meu máximo. Pensar numa coisa boa. Usufruir do simples. Partilhar o melhor do meu dia aqui. Ou consultar o Felicidário, que tem piada.


Um comentário a “dos dias”

  1. Segundo Daniel Kahneman, psicólogo que ganhou o prémio Nobel da Economia, a sua fórmula favorita é:

    Success = talent + luck
    Great success = a little more talent + a lot of luck

    Se ele o afirma é porque há imensa investigação a sustentá-la.

    Portanto, boa sorte!

    Depois… Há, ainda, a sabedoria popular:

    https://www.google.com/search?q=clean+enough+to+be+healthy+and+dirty+enough+to+be+happy&hl=pt&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=7XuXUa-xKfGp7Abi-4GQAQ&ved=0CAcQ_AUoAQ&biw=1850&bih=1083

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