Ainda não eram 10 horas quando saímos para devolver o carro em Chora, no centro de Folegandros. A cidade está adormecida. As mulheres lavam a rua, as esplanadas estão desertas, os restaurantes fechados, só há movimento nas mercearias, onde se fazem as compras do dia: fruta bonita, legumes frescos, tomates muito vermelhos e um queijo local delicioso. Comprámos duas garrafas de vinho branco e figos para o almoço.
Depois fomos tomar o pequeno-almoço a um lugar chamado Pounta. Perfeito. O espaço, o jardim, a buganvília, a loiça, o bolo acabado de sair do forno, os ingredientes, tudo. Tão despretensioso e tão bem feito [o luxo é a simplicidade]. Antes de sair, apanhei quem me pareceu ser a dona e disse-lhe que o seu é o restaurante mais agradável da ilha. Ela ficou contente e eu também.
É quase meio-dia e esperamos o autocarro que nos vai levar de volta a casa e à praia. A C. bate com os pés no carrinho, faz caretas, ensaia birras, desafia quem passa, não se cansa, não se cala, não dorme tanto quanto devia [ou tanto quanto gostaríamos]. Tenho a sensação que ela não quer perder pitada da viagem e então resiste o mais que pode ao sono. E nós lá vamos resistindo o mais que podemos a ela. Mas é verão, estamos de férias, está tudo bem.