Já pensei isto algumas vezes mas nunca o tinha escrito. Assumo: o melhor do meu dia foi quando, finalmente, ela se calou. Porque, finalmente, adormeceu. Das 4 as 8 da noite [depois de eu alegremente ter escrito o post sobre esta segunda que parecia domingo] a minha filha chorou tudo o que não tinha chorado ao longo do seu primeiro ano de vida [ela passava dias sem chorar]. Põe no chão, chora. Senta na cadeira, chora. Desequilibra-se, chora. Deita para mudar a fralda, chora. Dá comida, chora. Pára de dar comida, chora também. Minha mãe, o que ela chorou… Mimalha, só queria colo e eu não consegui fazer mais nada. Eu, cheia de intenções de produzir o dia todo para, a esta hora, estar sentada no sofá a ver o Downton Abbey, ainda tenho um powerpoint pela frente para fazer.
Nem a propósito, li esta crónica hoje e fiquei a admirar ainda mais as mulheres que conseguem fazer isto: trabalhar a partir de casa conciliando os filhos e os horários e tudo mais. Levanto-lhes o chapéu.
5 comentários a “[o melhor do meu dia] quando ela se calou”
Olá Ana! Nunca tinha escrito nada por aqui! Permite-me tratar-te por “tu”. Sinto-me mais próxima das pessoas quando assim as trato. Sou, também eu, Ana. Cresci em Braga, mas estudei em Lisboa e por aqui fiquei. Vivo agora em Cascais. Cruzámo-nos muitas vezes… Não te deves lembrar. Andei na creche da Quinta da Armada na mesma “turminha” do teu irmão Afonso que, mais tarde reencontrei na Gulbenkian de Braga, onde sempre estudei até à Faculdade. Fui colega de ballet da tua irmã Maria (aliás, cheguei a ser “filha” dela num dos bailados…). Foi a Bárbara Couto que me “chamou” a ficar fã do teu blog. Identifico-me bastante contigo em tudo o que escreves… Sou mãe do António de 16 meses e, o meu bebé calminho que nunca chorava, anda numa fase terrível em que chora por tudo, faz birra com tudo e acha-se dono e senhor da nossa casa e do nosso tempo! É normal, mas cansa! É sempre o melhor do meu dia reencontrar-me com ele todos os fins de tarde… Mas às vezes essas momentos cansam-me mais do que um dia inteiro de trabalho!…. 🙂 É assim… E eu gosto!! Beijinhos e Parabéns pelo blog e pelo projecto Ma Petite Princesse. Ah!!! e, principalmente, parabéns pela Baby C!!! É um amor! (deixo também um beijinho para a Maria e para a Teresinha!!!)
🙂 quando li este post sorri e suspirei de alivio! Isto porque quando li o anterior pensei o quanto eu adoro ficar com as minha meninas em casa, mas ao mesmo tempo o quanto dou em louca e desejo que o dia termine rápido, pois nunca faço nada do que queria fazer e por vezes até fazer o almoço é complico! Dou por mim a desejar que chegue a hora de dormir rapidamente e depois sinto-me tão culpada por pensar nisso! Será que só as minhas choram o tempo todo a pedir atenção?!! Pois aqui está a resposta, claro que não, simplesmente não se fala sobre isso! A maternidade tem de ser perfeita e ai de quem ouse dizer o contrário! E sim as mães que trabalham em casa com os filhos são verdadeiras heroínas! E a propósito de tudo o que não se diz sobre isto lembrei-me disto que li : http://lifestyle.publico.pt/artigos/324337_ser-mae-e-a-tropa-das-mulheres
São os dentinhos… Eles ficam muito rabugentinhos…
http://www.bps.org.uk/news/lullabies-can-reduce-childrens-pain
É verdade Ana. Trabalhar em casa não será mesmo tarefa fácil com os miúdos. Eu estou desempregada já há muito tempo e vejo muito bem que estar em casa com 2 crianças não é nada fácil. Eles requerem muita atenção. Não deixam muito tempo livre para fazermos as coisas “descansadas”. Trabalhar a partir de casa poderá ser bom sim, se os miúdos estiverem pelo menos umas 4 ou 5 horas na creche ou nos avós p.e. Trabalhar a partir de casa com filhos em casa parece-me algo um bocadinho impossível de concretizar. Beijnho
Não conseguiria trabalhar em casa e tomar conta do meu filho sou sincera… Ele requer sempre tanta atenção que não me dá espaço… e sim, as vezes resmunga durante horas até ir dormir.