Ao dia 26 ainda é Natal. Mais uma rodada de presentes, mais uma dose de bacalhau, mais uma tarde à volta da mesa. Acho que a Constança já está a ficar farta das festas, do barulho, de tantos colos e mimos e beijos. Ou então, não: acabou de descobrir a árvore, as fitas e as luzes, quer-se por em pé apoiada nos ramos mas não consegue.
Sentados pelo chão, no sofá ou nas cadeiras, todos falam ao mesmo tempo. Contam-se histórias, conversa-se em duas línguas, as miúdas brincam, dão gritinhos de alegriam, saltam, uma confusão [boa].
Este é o nosso Natal. Quatro casas, quatro famílias [duas minhas, duas do Bernardo], três dias, a família praticamente toda. É bom ter um Natal prolongado assim. Façamos agora uma pausa. O fim do ano está à porta.