Quando cheguei a mesa já estava posta: Mãe numa cabeceira, Afonso na outra, a dividir com a cadeira de bebé da Constança. 3 filhos, 3 cônjuges, 2 netas. Somos 9. Podíamos ser 10. Nestes dias, a sua ausência é ainda mais sentida, mas hoje [já ou ainda] não há lágrimas.
A roupa velha estava deliciosa. A mesa, bonita [é impressionante como a mãe consegue fazer o Natal dois dias seguidos e manter tudo impecável]. Lentamente, a casa vai mudando. Trocam-se móveis de lugar, guardam-se uns objetos, recuperam-se outros; o antigo dá lugar ao novo. É normal, é desejável e é necessário. A vida continua.
Agora eles dormitam no sofá, elas estão na cozinha e as bebés fazem a sesta. O Natal vai a meio.
Um comentário a “[Natal parte 2] a roupa velha é a da mãe”
Muito força Ana *
Inevitavelmente, o Natal também é daqueles que partem. Porque nos preenchem sempre, e para sempre.