co-sleeping: nem nunca, nem sempre


O maior desafio daqueles dias os 3 enfiados num T0 em Basileia não foi a falta de espaço ou a hora das refeições, o mais complicado foi mesmo: como pôr a Constança a dormir. Fizemos uma caminha para ela no chão com mantas e um edredão dobrado em três mas a claridade e o facto de nós estarmos na mesma divisão dificultou imenso a tarefa. Anormalmente excitada, às vezes quase fora de si, foram noites de noites de luta e berraria até à exaustão. Cheguei ao ponto de fechar todas as portas para tentar reter o som, não fosse um vizinho chamar a polícia!

Não havia muita solução: ou a deixavamos acordada ou nos deitavamos com ela, os três na mesma cama, para ela adormecer. Como eu não sou de sono fácil, não conseguia dormir assim, então logo que a Constança entrava no sono profundo, pegava nela e colocava-a de novo na sua cama, no chão. Só que a meio da noite ela dava voltas e voltas que às páginas tantas ou estava enfiada debaixo da nossa cama ou na beira a dormir de joelhos, perto de nós. Fazia-me pena e pronto, passou a dormir connosco.

De volta a casa, estava com receio que a primeira noite, no seu quarto e na cama de grades, fosse um inferno. Que pedisse para sair e só estivesse bem comigo, deitada com ela na minha cama, a adormecê-la. Mas não, antes pelo contrário. Assim que a deitei espreguiçou-se, pediu leitinho, encontrou a posição mais confortável e ficou, como sempre fica, como se nunca tivesse dormido connosco antes. Acho até que lhe soube bem ter de volta o seu colchão [um grande investimento da molaflex, próprio para bebés].

Por isso quanto ao tema das crianças dormirem ou não dormirem com os pais – não sei se é por ter uma filha flexível que raramente dá luta na hora de ir para a cama, ou se é pelo facto de a ter habituado a dormir sozinha aos 4 meses e meio, sem muita dificuldade e sem grande técnica também [deito-a, dou-lhe a chupeta e o biberão para a mão, encosto a porta e saio, ponto final] – a minha opinião é longe de ser radical. Em férias ou contextos muito diferentes, facilito. Em casa, nunca, ou quase nunca, a não ser a partir das 6 da manhã, hora a que ela volta e meia acorda. Aí trago-a para junto de mim e voltamos a adormecer as duas. Tal como ao fim-de-semana de manhã. E sabe tão bem tê-la junto de nós, na ronha e no mimo, até serem horas de nos levantarmos todos da cama.


5 comentários a “co-sleeping: nem nunca, nem sempre”

  1. Uma boa sugestão para por as crianças a dormirem em viagens, quando não existem camas de viagem é numa gaveta. Abre-se a gaveta da comoda… tira-se tudo o que está lá dentro. forra-se com um edredão ou saco cama ou mesmo com as almofadas do sofá… e faz- se como se fosse uma cama 🙂
    É mais facil quando eles são bem mais pequeninos… bébés e nesse caso evitasse andar com os trambolhos das alcofas! Já utilizei a técnica sem qualquer problema e aconselho 🙂

  2. é assim, as melhores opiniões são as menos radicais, nem tanto ao mar nem tanto à terra! A Teresinha nunca foi muito fácil para adormecer, gosta de lutar contra o sono, e quando lhe mudamos a rotina normalmente precisa mesmo de dormir connosco. engraçado, este fim-de-semana fora, depois de uns 10mn na nossa cama… pediu para ir para a cama de viagem! 🙂

  3. Fiquei curiosa em relação ao colchão da Molaflex. Eu também me preocupo em comprar um bom colchão para a minha bebé que vai nascer em Dezembro. Pode indicar qual é o modelo p.f.

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