Chegou com o olho vermelho, ligeiramente inchado, parecia ter chorado o dia inteiro. Foi para a cama ainda mais cedo [a hora dela é pelas 8h], muito aborrecida. Ontem, aparentemente com uma conjuntivite, ficou comigo em casa. Por casa, para ser mais precisa, porque tanto eu como ela não somos de ficar entre paredes o dia inteiro. Confesso: sou como as crianças; muito tempo dentro de casa começo a ficar rabugenta, chata, de mal com a vida. Adoro a minha casa, a sério que adoro [bem, esta ainda não a sinto muito bem como casa, é mais um espaço caótico que estou tentar disciplinar], mas não vivo sem o ritual de acordar, tomar banho e sair para tomar um café. Mesmo que, com crianças, esta sequência não seja tão simples e rápida assim [alguém também demora 2 horas para sair?! argh]
E a Camila parece sair à mãe. Uma, duas horas, no máximo, depois de acordar começa a ficar sem distração possível, a pedir colo e chora desalmadamente cada vez que a pouso. Ai! às vezes é tão difícil, esta miúda… Nem o banho me deixou tomar sossegada. Então não compliquei e saímos. Eu de carinha lavada, ela de touca e pijaminha bonito por baixo do fato da neve, saímos mesmo assim. Mal pôs o pé na rua, safada, desatou a abanar os braços e as pernas no canguru. Virámos à esquerda e fomos ver o rio. Demos a volta ao quarteirão e fomos comprar leite. Subimos a rua e fomos ao café do costume. Às 10 e meia da manhã [hora a que escrevinhei este post enquanto despachava uns e-mails] ela estava feliz da vida, sentada ao meu lado a brincar com a colher do capuccino, a distribuir sorrisos por quem passa e numa conversa animada com o cão do vizinho onde já se percebe claramente a palavra… olá. Escrever para não esquecer. Camila, 13 meses, levada da breca.
[nas fotos acabadinha de acordar na sesta, em Braga, num daqueles dias perto do Natal]
Um comentário a “camila, 13 meses”
que amor! 🙂 Estas fotografias merecem todas, sem EXCEPÇÃO, moldura.