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as dores da mudança
Há quem ache que ando deprimida. Não, não ando. Pode até parecer porque às vezes escrevo umas coisas um bocado assustadoras, preocupantes talvez, mas não, não sou dada a deprês. Ao invés, ouço os The The alto e bom som neste showroom de onde escrevo agora, na penumbra. Há quem ache que ando impossível, sem paciência, tensa,…
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pensamentos soltos sobre a vida em Basileia
O carnaval já passou. Nas ruas jazem confetis e serpentinas, volta e meia uma máscara esquecida numa montra, mas o comércio reabriu, as crianças recomeçaram o colégio, os transportes já circulam no centro, a vida voltou à normalidade. O carnaval em Basileia durou três dias e nós fomos ver. Acho que já me habituei ao frio. Tanto que posso dizer…
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ir, voltar e as [in]certezas
Viemos por quatro dias a Portugal para estar com a família, votar, celebrar um casamento, namorar, resolver pendentes, tratar da saúde e trabalhar. Estar de volta a esta casa, os quatro, é bom e… estranho. Está tudo igual e ao mesmo tempo não está. As camas estão feitas, os brinquedos arrumados na sala, há pouca comida na despensa, apenas o suficiente para…
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ter um blog também é bom por isto: dar e receber
É muito recompensador ver [ler] que há gente desse lado do ecrã que se identifica e relaciona com aquilo que eu partilho sobre mim, os meus e a minha vida. É óbvio que não conto tudo. Não conto timtim por timtim o que faço com os dias e procuro não vir para aqui chorar nem…
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estes dias [em Basileia]
Não tenho passado muito por aqui. A máquina fotográfica ainda nem saiu da mochila e continuo com muito pouco tempo para parar, pensar e escrever. Não estou de férias, não, ando apenas submersa em trabalho, a compor esta casa e a tratar das filhas, que estiveram por minha conta mais de uma semana. Vai acontecer muitas vezes…
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1 mês
Depois de 10 dias em Portugal a trabalhar a 200, o regresso, e 4 dias sem praticamente pegar no computador, dedicados às miúdas, à casa, ao sábado e ao domingo em família. Coisas simples: acordar cedo demais para o fim-de-semana, pequeno-almoço todos juntos, a sala em caos permanente, pilhas de roupa para dobrar, uma ida ao ikea…
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15 dias depois [novas rotinas]
Está quase a fazer duas semanas que mudámos de casa, de país, de rotinas. Ainda nos estamos a adaptar, outra coisa não seria normal. A adaptar ao clima [tenho tanto frio na rua!], à língua [não percebo um charuto], às rotinas [ir às compras à Alemanha não deixa de ser curioso], aos horários e ao uso dos transportes…
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[outras realidades] o colégio
Qualquer receio ou dúvida que eu pudesse ter em relação à integração das miúdas no colégio [e tinha, alguns, nomeadamente a questão da língua]… totalmente superados. Neste sentido a Camila não conta muito. Desde que não chore ou estranhe, tudo bem; ela está habituada a outros colos. Já a Constança preocupava-me: e se ela ficasse a…
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os primeiros dias [e a minha mãe]
A chegada. Aterrámos na sexta ao fim da manhã. Estafadíssimas. Eu quase de direta, a Camila muito constipada, a Constança ensonada mas contente por andar outra vez de avião. A minha mãe veio connosco. Veio para ajudar na viagem, a instalar, a organizar a casa, as roupas e acompanhar as miúdas no primeiro dia do colégio.…
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de partida
Estamos de partida e as malas estão fechadas. Lá dentro vão algumas coisas para a casa, roupas e calçado para as três, meia dúzia de brinquedos para as miúdas. E é nestas duas malas grandes que se materializa esta mudança, pouco mais. Esforço-me por praticar a simplicidade e viver com menos. Até porque ter menos é…